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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Particularidade de Nossos Grandes Cantores, Compositores e Divas


A Particularidade de Nossos Grandes Cantores, 
Compositores e Divas

by Lustato Tenterrara

Estávamos atualizando o nosso Blogspot Marisa Monte, e resolvemos discorrer sobre algo, uma partícula, que todos os grandes cantores, cantoras, compositores, compositoras, poetas e poetisas possuem, e que o faz único, em meio a uma multidão de grandes nomes.

De repente o escrito tomou outro rumo, pois seria bater prego com martelo em cima de uma rocha, tentar explicar o que de ímpar e autêntico tem Marisa Monte, e que cada um dos grandes compositores e intérpretes brasileiros (ou internacionais) possui, de "só seu".



















Assim é que adiante, trouxemos o post para o Blogspot Musica Popular Brasileira, pois ganhou dimensões que não justificaria sua publicação apenas no Blog de Marisa Monte, mas no nosso genérico Música Popular Brasileira. Ei-lo, e digam o sentido -- ou não  --  de nossa assertiva.


Marisa Monte tem algo que é só seu.
Como sói de acontecer apenas a alguns afortunados da Natureza, da Vida, dos Deuses, do  Tempo e do Acaso!
Afinal já disseram que "Tudo é Obra do Tempo e do Acaso!"
Outros discordam desse dístico.
Creio que em grande parte o Tempo e o Acaso são os responsáveis. Porém hão de se ser Afortunados da Natureza, da Vida e dos Deuses, para que o Tempo e o Acaso possam agir e fazer de pedra-carvão, um diamante bruto; e desse, um Diamante Lapidado com inumeráveis quilates.
Essa lista é de poucos. Em nossa contemporaneidade podemos citar alguns (e com certeza esquecendo de muitos outros alguns).
Torquato Neto, Caetano Veloso, Chico Buarque, Fagner, Vandré, todos, na Vanguarda de um estilo, onde a mais alta estrela os faz únicos. Ninguém, ao menos no Brasil, ouvirá um desses gênios musicais e não saberá ou terá a menor dúvida de quem é cada um deles.
Nessa seara, Roberto Carlos, Belchior, Erasmo Carlos, Rita Lee, Paula Toller, Zizi Possi e com certeza muitos outros nomes, como Martinho da Vila, Paulinho da Viola, e o fenômeno Zeca Baleiro, entre uma centena de outros mais.
Aqui do Nordeste do Brasil, alguns nasceram.

Do Piauí, Torquato Neto. O qual já foi, e escolheu seu dia.

Porém alguns muitos Piauienses são únicos e encantam. Alguns com verdadeiros "seguidores", como é o caso de Cláudia Simone, onde uma tiête de roqueiros fazem ronda para não perder suas performances nas noites Teresinenses. Uma Diva do Rock. 
Cláudia Simone somente será reconhecida em toda a sua magnitude de sua arte, em um momento póstumo, como é de ocorrer em todo o Brasil e em todas as terras. "Ninguém é Profeta em sua própria terra!".
Grandes referências musicais são marcados a ferro aqui no Piauí, como a Representação Maior de uma música que não para, e estão sempre na noite Teresinense, a qual somente começa às 11 horas da noite, que é mais ou menos a hora em que o calor reverbera, ameno.
De modo que enquanto o Cearense busca melhores praças nacionais e internacionais, aqui no Piauí persistem muitas bandas e intérpretes excepcionais, a exemplo da Banda Naguirlê Hidromecânico entre outras.
Aliás, temos alguns excelentes representantes, como Edvaldo Nascimento, onde arrasa quarteirão "Adoro Minas, Adoro Pedras"; Roraima e Geraldo Brito, o qual iniciou seu legado, junto com Torquato Neto. Temos ainda o Rock dos meninos do Monasterium e o Rock das meninas do Valkírias, onde a tecladista, uma Princesa, tive o prazer de conviver uma semana (mas não a conhecer), atua nas duas Bandas de Rock, os quais são verdadeiros artistas do palco e da arte musical e não são reconhecidos nacionalmente. Alguns, nem mesmo aqui em sua própria terra. 
E não são elevados a grandes expoentes nacionais pelo mesmo motivo de todos os grandes nomes aqui citados (embora alguns conhecidos do grande público). 
Ninguém, nos grandes centros da mídia, reconhece a alma dos grandes artistas do Piauí, por mero preconceito racial. O Piauiense, a eles, é uma sub-raça da raça brasileira. E o que agrava o preconceito é que o Piauiense, por glória de sua raça superior, não está nem aí. Não somos nós que estamos perdendo, mas aqueles que se privam de ouvir verdadeiras maravilhas e expoentes. 
Aqui no Piauí, feito o Ceará, há uma grande leva de Artistas de Palco, de grandes intérpretes e grandes humoristas, e que não despontam no cenário nacional. 
O Ceará, neste ditado, possui grandes exceções, porque uma coisa é o Piauí, onde todos são acomodados ou por causa do calor, que impede quem saiu de manhã, também sair à tarde, e abandonar o clima ameno de seu lar; Ou por causa da preguiça de acompanhar os Baianos. De modo que apenas enfrentam o Sol do Piauí duas vezes por dia, aquela parcela da população a isso obrigada por seus empregadores. Sejam os ricos funcionários ou os escravos dos comerciantes.   
De se ver que o Piauí possui um quinto de seu território na Amazônia Legal, e outro um quinto no litoral. Enquanto o Ceará é quase todo Sol e Sertão e seu litoral embora lindíssimo, arrasta uma boa parte do deserto de areias que são as virgens dunas nordestinas, que se iniciam no Rio Grande do Norte e que se formam em grandes desertos no litoral do Ceará e do Piauí, e parte do litoral do Maranhão, nos chamados Lençóis Maranhenses. Não obstante -- e talvez por isso mesmo -- possuem as mais belas praias de todo o mundo. 
A Riviera Francesa, Coté D'azur, a Grécia e o Nilo, chegam nem perto da beleza pueril de nossas praias e do Delta do Parnaíba, o único Delta em Mar Aberto de praias e ilhas virginais. 
No mundo somente existe um outro único Delta em Mar Aberto, que é o Delta do Nilo, o qual porém, está poluído com 10 mil anos da presença do homem, enquanto aqui a areia é a mais virgem e branca areia de dunas e de um mar de águas cristalinas.
O certo é que no Ceará ocorre e existe toda uma história de perseverança. O Cearense não fica a esperar, pois o Sertão do Ceará é coisa de não se deixar ficar na terra, os seus habitantes. De modo que, mesmo ao morar em Fortaleza, o Cearense Sertanejo considera-se um retirante, pois a sua saudade é do seu Sertão, onde nasceu. E Fortaleza não é considerada, por ele mesmo, seu lar. E tal ocorre com todos os viventes. O quanto de saudades, eu morria, de Teresina, ao morar na belíssima Rio de Janeiro, ou em Recife?
Assim, no sangue, conserva-se no espírito do Cearense a busca por melhores recompensas por seu dia e por sua arte. 
Há uns vinte a trinta anos uma excelente banda excepcional surgiu, deram-se o nome São Piauí, e talvez isso tenha decretado o seu brilhar de cometa e apenas um único disco Long-Play. Formada pelos irmãos Clodo, Clésio e Climério, nos recantos do Campus da Universidade de Brasília - UNB, fizeram um som espetacular, na vanguarda de todos os sons e ritmos. 
"Cebola Cortada", entre outras, foi gravada por Fagner, que bem soube haver descoberto uma boa mina onde pode colher ainda "Paletó de linho branco, que até o mês passado lá no campo inda era flor" entre outras, e que vieram a calhar à personalidade ímpar do maravilhoso Raimundo Fagner, em sua espetacular performance de vanguarda. 
A música, no Piauí é um processo em construção, o qual nunca se acaba, porém muitos, apesar de sua altíssima qualidade, não são reconhecidos nacionalmente, tanto por sua vanguarda avançada, a demonstrar interesse mais na arte que no bolso, quanto por sua origem, que levanta um preconceito social não perceptível, porém latente e contínuo.

No entanto há muito Cláudia Simone é um fenômeno aqui no Piauí, e apesar do CD A Quintessência e do CD Mulheres Plurais (os quais consideramos no patamar do disco Almanaque, de Chico Buarque), ou do CD Fados Tropicais, que é uma coisa de doido, de tantos belos fados brilhantemente interpretados por Cláudia Simone, seu marido Anchieta Cardoso e sua mãe Bebel Martins. De modo que não se entende o porquê da música nascida no Piauí, encantar gregos e troianos porém jamais disparar no cenário nacional, ficando restrito aos tiétes daqui dessa terrinha maravilhosa.
Ao mencionar Fados Tropicais temos que reconhecer muito do seu brilho ao excepcional Anchieta Cardoso, com sua voz grave e maleável. A quem não sabe, Anchieta Cardoso é o Protagonista do filme (movie) "Entre o Amor e a Razão", um filme de Cícero Filho. Aliás você poderá adquirir um DVD autografado por Anchieta Cardoso em nossa loja virtual cultural


O fenômeno do Rock Jopliniano, em Cláudia Simone, não é um mero imitar, mas uma das cinco essências das quais é formada. Cantando Rock Jopliniano que faz em muitos poemas de poetas locais (ou não), se cantar Janis Joplin, jamais se encontrará alguém que o possa fazer com personalidade e intimidade no molde de Cláudia Simone. 
Aliás com uma influência percebível do gênero Janis Joplin, a ponto de poder-se dizer que Claudia Simone faz um rock e sabe-se que é ela, Cláudia Simone, a cantar e encantar.  
Ao mesmo tempo podemos dizer que Cláudia Simone é a verdadeira representante do Rock Jopliniano, se não houver sido a precursora desse estilo de Rock, que em Cláudia Simone é tão necessário quanto o respirar. 
Nada a ver com couvert. Aqui, o que prolifera é a arte per si, é a personalidade do artista, e que se vê no perfil de Cláudia Simone, a qual tem a sua "persona" bem definida. Grande parte de suas músicas é de sua própria autoria, ou de parcerias com poetas e músicos daqui do Piauí.  E se cantar Janis Joplin, não se vê Janis Joplin em Claudia Simone. 
Sem querer incendiar os fãs de Janis Joplin (o qual todos somos), porém Cláudia Simone lhe é bem superior. É como se Janis Joplin fosse, num surrealismo invertido, um couvert de Cláudia Simone.  
Encarte interno do Álbum CD A Quintessência, 2001, de Cláudia Simone

Assim, fazer Poema do Aviso Final, um poema de Torquato Neto; ou Da Vez Primeira Que me Assassinaram, um poema de Mario Quintana, e transformá-los no mais precioso Rock Jopliniano, é uma coisa, que "não tem preço!"   
by Lustato Tenterrara




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